Só 21% dos professores brasileiros que trabalham em escolas públicas estão totalmente satisfeitos com a profissão. É o que mostra pesquisa inédita feita pelo Grupo Ibope, a pedido da Fundação Victor Civita. Foram ouvidos 500 docentes da rede pública de ensino das capitais de todos os Estados. A instabilidade financeira é um dos principais fatores que levam ao descontentamento da categoria com o trabalho. Apenas 32% dos professores afirmam tê-la conquistado, mas 90% deles a consideram condição fundamental para ter boa qualidade de vida.
Segundo o professor Celso Favaretto, da Faculdade de Educação da USP, que teve acesso aos dados, muitos professores da rede pública têm de dar aulas em duas ou mais escolas para receber um salário razoável. "Além disso, as condições de trabalho são precárias, há salas de aulas lotadas. Essa insatisfação do professor com o trabalho está relacionada com uma má gestão de todo o sistema escolar." Favaretto aponta outras aparentes contradições no discurso dos professores: 90% afirmam ter boa didática de ensino, mas, 70% dizem ver na falta de motivação dos alunos o principal problema em sala de aula.
"Acredito que afirmar ter boa didática de trabalho seja um discurso de defesa do professor, mas, se realmente tivessem, não teriam alunos desmotivados. Esses docentes possivelmente também não tiveram boa formação inicial." A pesquisa comprova a constatação do especialista: 64% dos professores avaliam a formação que tiveram como boa ou excelente. Contudo, 49% admitem que essa mesma formação os preparou pouco para a atuação em sala de aula.
O salário de um professor da rede estadual em início de carreira é de R$ 1.295,76 para uma jornada de 30 horas semanais (considerando piso e gratificações). Para David Saad, diretor-executivo da Fundação Victor Civita, a má qualidade da educação brasileira e a insatisfação do professor não estão relacionadas apenas a remuneração. "O professor também tem de entender sua responsabilidade sobre o aprendizado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o professor Celso Favaretto, da Faculdade de Educação da USP, que teve acesso aos dados, muitos professores da rede pública têm de dar aulas em duas ou mais escolas para receber um salário razoável. "Além disso, as condições de trabalho são precárias, há salas de aulas lotadas. Essa insatisfação do professor com o trabalho está relacionada com uma má gestão de todo o sistema escolar." Favaretto aponta outras aparentes contradições no discurso dos professores: 90% afirmam ter boa didática de ensino, mas, 70% dizem ver na falta de motivação dos alunos o principal problema em sala de aula.
"Acredito que afirmar ter boa didática de trabalho seja um discurso de defesa do professor, mas, se realmente tivessem, não teriam alunos desmotivados. Esses docentes possivelmente também não tiveram boa formação inicial." A pesquisa comprova a constatação do especialista: 64% dos professores avaliam a formação que tiveram como boa ou excelente. Contudo, 49% admitem que essa mesma formação os preparou pouco para a atuação em sala de aula.
O salário de um professor da rede estadual em início de carreira é de R$ 1.295,76 para uma jornada de 30 horas semanais (considerando piso e gratificações). Para David Saad, diretor-executivo da Fundação Victor Civita, a má qualidade da educação brasileira e a insatisfação do professor não estão relacionadas apenas a remuneração. "O professor também tem de entender sua responsabilidade sobre o aprendizado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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