Manipulação Genética Cria Rã Transparente

Pesquisadores japoneses criaram uma rã transparente, o que permite a visualização de seus órgãos internos e evita que o animal seja dissecado durante experiências científicas. Foto:/AFP


"Podemos observar através da pele o crescimento dos órgãos, ou ainda o momento que um câncer começa e se desenvolve", explicou o chefe da equipe de pesquisas, o professor Masayuki Sumida, do Instituto de Biologia de Anfíbios da Universidade de Hiroshima (oeste).
"É possível observar os órgãos da mesma rã ao longo de sua vida sem a necessidade de dissecá-la. Os pesquisadores podem também observar sem grande esforço como as toxinas afetam os ossos, o fígado e outros órgãos", acrescentou o professor Sumida.
Os pesquisadores japoneses conseguiram criar a rã transparente por meio de manipulações genéticas, a partir raras espécies albinas de rãs de cauda marrom japonesas (Rena japonica), que são normalmente de cor ocre.
Estes batráquios manipulados pedem se reproduzir normalmente. Os girinos herdam a transparência paternal e maternal mas, por uma razão ainda desconhecida, os primeiros filhotes destas rãs não sobrevivem por muito tempo.
Segundo o professor Sumida, os pesquisadores pretendem agora aperfeiçoar a espécie criando, por engenharia genética, rãs que ficam iluminadas quando um câncer começa a se desenvolver nelas.

Observação do editor: Só falta num futuro próximo fazerem isto com seres humanos!

AQUECIMENTO GLOBAL E SAÚDE PÚBLICA

Aquecimento global ameaça saúde pública, afirmam especialistas da France Presse, em Chicago:

O impacto do aquecimento global sobre as doenças contagiosas se tornará um desafio muito complexo de saúde pública no mundo, consideraram especialistas reunidos em Chicago. O tema foi incluído pela primeira vez nos discursos de abertura da Conferência Anual sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (ICAAC).
Organizada pela Sociedade Americana de Microbiologia, esta é a 47ª edição do evento, que reúne cerca de 12 mil médicos e pesquisadores de todo o mundo.
"O fato de o tema ter grande destaque no programa desta conferência revela sua importância", disse Anthony McMichael, do Centro Nacional de Epidemiologia e Saúde da População da Universidade de Canberra (Austrália). "Há alguns anos, provavelmente não o teríamos abordado, mas os indícios mostram que o aquecimento global aumenta mais rapidamente do que pensávamos há apenas cinco ou dez anos", acrescentou.
O tema é complexo e exige que sejam reunidos o mais rápido possível os dados para a elaboração de modelos baseados na evolução das doenças durante as últimas décadas para que se compreenda bem o risco futuro, acrescentou o especialista.
Um exemplo são os casos de vírus do Nilo Ocidental, que aumentaram exponencialmente nos Estados Unidos e no Canadá desde 1999, à medida que as mudanças climáticas permitem que o mosquito transmissor da doença se multiplique.
Um modelo elaborado para projetar a evolução da malária na África Ocidental mostrou que a incidência da doença provavelmente diminuirá nessa região à medida que ela se torna cada vez mais quente e seca, o que contém o desenvolvimento do mosquito transmissor do patógeno causador do mal.
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INFORMATIVO DO INEP

INFORMATIVO DO INEP
ANO 5 Nº 171 - 31 AGO 2007
- Sistema facilita acesso ao perfil educacional e de população em
cada município do País.
- Cerca de 24% das escolas públicas estaduais e municipais do ensino
fundamental possuem quadra de esportes.
- No ensino médio, quase 73% das escolas públicas estaduais e
municipais possuem quadra de esportes.
- Adiado prazo de encerramento do Censo Escolar 2007.
- Brasil e Argentina fazem parceria para avaliação.
- Especialistas reúnem-se na Croácia para discutir avaliação
internacional.
Acesse em: http://www.inep.gov.br/informativo/2007/ed_171.htm

TRAGÉDIA MUNDIAL

Uma pessoa se suicida a cada 30 segundos no mundo:


Cerca de 3.000 pessoas se suicidam por dia no mundo, uma a cada 30 segundos, alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS) por ocasião do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Para cada pessoa que acaba com a própria vida, pelo menos 20 outras fracassam em sua tentativa.
A organização assinalou que o trauma emocional que causa um suicídio no meio da família ou dos amigos do suicida, seja fracassado ou concretizado, pode durar vários anos.
"A porcentagem de suicídios aumentou de 60% no mundo durante os últimos 50 anos e o aumento mais forte foi registrado nos países em desenvolvimento", acrescentou a organização.
O suicídio é atualmente a terceira causa de mortalidade entre os 15 e os 34 anos, se bem que a maioria dos suicídios é cometido por adultos.
A OMS também também destacou como cada vez um número maior de idosos acabam com suas vidas.
Para lutar contra o suicídio e colocar em andamento estratégias de prevenção é importante, segundo a OMS, acabar com os tabus e abordar o tema abertamente.
"É preciso que o suicídio não seja considerado um tabu ou o resultado de crise pessoais ou sociais, e sim um indicador de saúde que evidencia os riscos psicossociais, culturais e meio ambientais suscetíveis de prevenção", afirma a OMS.

REFUGIADOS DO SÉCULO XXI

Clima 'deslocará 200 milhões nos próximos 30 anos':


Nos próximos 30 anos, a mudança climática fará com que até 200 milhões de pessoas sejam forçadas a deixar o local onde vivem, alertou uma organização ambiental nesta sexta-feira (07/09/07). Segundo a ONG, até 2020, os processos de desertificação expulsarão de suas casas 135 milhões de pessoas - 60 milhões delas na África.
O alerta foi feito pela Ecologistas em Ação, com sede em Madri, durante um evento paralelo à Cúpula contra a Desertificação, que se realiza na capital espanhola.
Para a ONG, é preciso "revisar urgentemente o conceito jurídico de refugiado para poder ampliá-lo a novas realidades sociais". "A regulamentação do chamado 'refugiado ambiental' é imprescindível para preencher uma lacuna jurídica e proporcionar proteção jurídica ao número cada vez maior de pessoas deslocadas por razões ambientais." A discussão sobre os chamados refugiados ambientais ocorre dentro da própria Organização das Nações Unidas (ONU), que hoje define como refugiados somente aqueles que são forçadas a deixar suas casas por causa de distúrbios políticos ou sociais.
Mas a própria entidade reconhece que cada vez mais pessoas são deslocadas por problemas ambientais, como o esgotamento do solo e a desertificação, ou por efeitos desses processos, como enchentes e outros desastres naturais.
A organização Ecologistas em Ação criticou nações que reforçam suas fronteiras nacionais contra a imigração, adotando o que considera "políticas migratórias que violam sistematicamente os direitos humanos e descumprem a Convenção de Genebra sobre o Estatuto dos Refugiados".
Para a entidade, governos e empresas devem conter a exploração indiscriminada de recursos naturais dos países pobres, que gerariam a perda de florestas, a degradação dos bosques nativos e a mudança no curso dos rios.

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