VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR



Estudo Recomenda Prêmio em Dinheiro a Professor

Premiar os melhores professores com aumentos salariais é uma das principais formas de melhorar a qualidade da educação, de acordo com trabalhos apresentados por diversos estudiosos no primeiro dia do Seminário Internacional de Qualidade da Educação, promovido pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio. Outra conclusão, de uma pesquisa do economista Ricardo Paes de Barros, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica (Ipea), é de que a autonomia pedagógica, a participação dos pais nas escolas e a presença de conselhos com membros da comunidade melhoram a qualidade do ensino. A pesquisa foi baseada no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), revela que o Brasil ocupa a 71ª posição em matéria de qualidade de ensino entre 127 países. Para a agência da ONU, a qualidade da educação se baseia em quatro indicadores: a universalização do ensino fundamental, o nível de alfabetização dos adultos, a taxa de permanência até a 5ª série e a paridade de gêneros nos estabelecimentos escolares. Segundo a Unesco, existem 771 milhões de analfabetos acima de 15 anos no mundo. E 100 milhões de crianças fora da escola que podem se tornar adultos analfabetos num futuro próximo."Governos e países doadores estão restringindo o progresso das metas de educação para todos e uma maior redução da pobreza ao prestar apenas uma atenção periférica aos milhões de adultos analfabetos", diz o relatório. O documento reconhece que os países em desenvolvimento aumentaram de 66%, em 1970, para 85% em média o número de alfabetizados entre 15 e 24 anos. Mas a causa, aponta, são mais os programas de universalização da educação básica do que métodos que tratem diretamente do analfabetismo.

INFÂNCIA E TV


INFÂNCIA E TELEVISÃO

Por: Jorge Schemes*

Quando pensamos na comunicação humana encontramos vários estudos de especialistas sobre o tema. Um deles diz respeito a capacidade da comunicação, ou seja: quando comunicamos, nossas palavras dizem 7% do que desejamos comunicar. Cerca de 38% é a forma como se diz e 55% é o corpo que fala. Considerando estas características da comunicação humana desejo analisar como essa linguagem visual está afetando as crianças por meio do hábito de assistir televisão. Segundo estatísticas da ONU no Brasil, aproximadamente 81% da população assiste a 3,9 horas por dia de tevê, em média. Isso significa que as crianças passam 50% da vida na frente da televisão. Porém, “essas infâncias” estão sendo interrompidas quando o assunto é sexo na tevê. Estatísticas nacionais comprovam que o número de mães adolescentes com o segundo filho aumentou. Em 1991 era de 20%, em 2001 aumentou para 40%. Devemos levar em consideração a linguagem corporal apresentada nos programas de tevê, pois o corpo fala. E que exemplos os programas estão transmitindo? Como está a responsabilidade ética e moral das emissoras?
Outro fator associado ao hábito de ver tevê é a obesidade e a depressão infantil endógena (física). A criança precisa fazer exercícios físicos. A atividade física combate e previne a obesidade e ainda produz endorfina e serotonina, hormônios antidepressivos. Todavia, crianças na frente da tevê, do computador e dos videogames não produzirão estas substâncias que são importantes para a saúde mental. Criança que brinca dificilmente terá depressão. Contudo, aquela que fica o tempo todo sem fazer nada, só na frente da tevê, do computador e do videogame, almoça e janta na frente da televisão (aquela criança que não incomoda) é candidata a ser depressiva porque essa é uma criança que não existe para os pais. Infelizmente esse é o contexto da sociedade pós-moderna, há falta de vínculo com os pais. Isso é um perigo mais tarde, pois na adolescência essa criança que foi esquecida na frente da tevê pode procurar outros vínculos, como as drogas, por exemplo. Segundo especialistas, o melhor remédio contra a depressão infantil endógena é a atividade física, pois supre a carência química. Assim sendo, como pais e educadores devemos priorizar mais as atividades de socialização do que o costume cômodo de entregar nossas crianças à tevê e a prática nefasta de transferir nossa responsabilidade no processo educacional para a televisão e sua linguagem visual.

*Jorge Schemes – Fone: 454-4040 / E-Mail: jorgeschemes@yahoo.com.br
Bacharel em Teologia / Licenciado em Pedagogia / Licenciado em Ciências da Religião / Pós-Graduado em Interdisciplinaridade / Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional / Técnico Pedagógico na GEECT / Professor de Filosofia da Educação na ACE / Escritor e Palestrante.

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